Trajetória

A Trapiá Cia Teatral foi formada em 2014 e em 2017 passou a ser representada como pessoa jurídica pela Associação Cultural Trapiá. Com o pé fincado nas artes cênicas, a Trapiá Cia Teatral nasceu com a proposta de descobrir obras teatralizáveis e convidar um dramaturgo para fazer a transposição do texto literário ou científico para a linguagem cênica. Ou seja, todas as montagens serão inéditas. Esta companhia é formada por artistas da área do teatro, música e artes visuais com longa bagagem artística em seus currículos, que decidiram se juntar para desenvolver novas pesquisas no campo da teatralidade, desde o processo formativo teórico até os processos de montagem de espetáculos, partindo, como já anteriormente citado, de textos adaptados e/ou inspirados em obras literárias e/ou científicas. A primeira montagem foi P’s (2015) de Gregory Haertel inspirada na obra de Michel Foucault, “Eu, Pierre Rivière, que degolei minha mãe, minha irmã e meu irmão. P’s também virou filme de curta metragem, numa parceria entre a Trapiá Cia Teatral e a Referência Comunicação de Caicó/RN, se constituindo em uma experiência viso-teatral. Até maio de 2019 o filme já participou de seis festivais de cinema, sendo dois internacionais e já angariou dois importantes prêmios. A segunda montagem foi Chico Jararaca de Francisco Félix, também inspirada em obras não teatrais, sendo elas: “Nunca matei ninguém!” de Carlos Lyra e “O fogo da pedreira: a saga do ataque da polícia ao bando de Antônio Silvino em Caicó” de Orlando Rodrigues.  Uma das características da Trapiá é falar do lugar em que ela se encontra, o sertão, por acreditar que ao falar do seu lugar está falando do mundo e se relacionando universalmente com todos os povos. Além da pesquisa sobre os espaços vivenciados pelo coletivo, transformando esta experimentação em teatralidade, também há como proposta a criação de trilhas sonoras originais utilizando como método a “paisagem sonora” de R. Murray Schafer Esta pesquisa de como uma sonoridade é composta para a cena, levando em consideração os sons da paisagem propostas pelo espaço e pela dramaturgia, se consolidou na oficina “O Som na cena”, ministrada pelo grupo em algumas cidades brasileiras, entre elas: Cuiabá/MT, Juiz de Fora/MG, Vitória/ES, Poconé/MT, além de Caicó/RN. A Trapiá Cia Teatral se coloca no sertão do Seridó Potiguar como um coletivo orgânico e que busca aprimorar a cada dia sua performance, focando no lugar de fala de cada um de seus agentes e com as expertises compartilhadas por todos num processo colaborativo de ação artística.

Em 2019 foram iniciadas duas novas montagens. A primeira a montagem do espetáculo “Menino Pássaro” de Afonso Nilson, livremente inspirado em cordel de Edcarlos Medeiros. Esta é a primeira experiência do coletivo em relação a montagem de espetáculo para crianças. O segundo trabalho é “Condenadxs” de Lourival Andrade, inspirado na peça “Esta propriedade está condenada” de Tennessee Williams. Esta montagem está sendo produzida em parceria com a Cia de Teatro Filhos de Acauã também de Caicó, com financiamento da Fundação José Augusto através do Edital de Fomento à Cultura Potiguar 2019.

O ano de 2020 foi um período atípico com a pandemia da COVID-19, neste sentido a Trapiá manteve seus ensaios de forma remota e também iniciou um processo de construção de novos espetáculos e projetos. Assim nasceram os espetáculos “1877” e “As pelejas de Baltazar” que foram apresentados de forma remota em leituras dramatizadas com recursos da Lei Aldir Blanc da Fundação José Augusto/Governo Federal.

Chegamos em 2021 com quatro espetáculos em processo de montagem aguardando o fim do isolamento social e a vacinação para colocarmos na rua e nos palcos estes trabalhos tão importantes para a companhia.

Em 2022 estreamos três espetáculos de forma presencial. No primeiro semestre “Menino Pássaro” e “Condenadxs”. No segundo semestre “As pelejas de Baltazar”.
No ano de 2023 mais um espetáculo nasceu – 1877 – que estreou no Teatro Alberto Maranhão em Natal/RN.

A Trapiá Cia Teatral se coloca no sertão do Seridó Potiguar como um coletivo orgânico e que busca aprimorar a cada dia sua performance, focando no lugar de fala de cada um de seus agentes e com as expertises compartilhadas por todos num processo colaborativo de ação artística.